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Autora: Julinda.
10-08-77.
Num vale sombrio e calmo,
alegre e, às vezes, triste,
outro igual, nunca mais vi.
Todo cercado de serras,
verdes pastos, muita água ,
neste lugar, eu nasci.
De um lado o morro redondo
redondo, talvez, só de nome
pois eu o via pontudo.
Cheio de verde e beleza,
coqueiros e grandes pedras,
imponente e carrancudo.
Do outro lado, no alto,
uma fileira de casas
chamava-me a atenção.
Eram pontos luminosos
que piscavam, lentamente,
lembrando a civilização.
Abaixo ficava o moinho
que as suas rodas pesadas
arrastava lentamente.
Transformando em fubá,
o milho são e amarelinho
para alimentar a gente.
Bem em frente, a bocaina
um corte entre duas serras,
a direção me apontava.
Era a entrada e a saída
de todas as esperanças
que eu no peito guardava.
Lá no fundo, as laranjeiras
sustentavam nos seus galhos
os ninhos dos passarinhos.
Que entoavam melodias,
formando uma grande orquestra,
pra embalar seus filhotinhos.
Ao centro, a antiga casa
com paredes sempre brancas
e uma varanda vistosa.
Janelas e portas rudes,
forro trançado em taquaras
simples, mas majestosa.
De manhã, a algazarra
de patos, perus, galinhas,
era uma linguagem estranha.
E no chiqueiro, os porcos,
grunhindo com sonolência
pareciam fazer manha.
Da mão do velho munjolo,
as batidas eram firmes
e cheias de emoção.
Fortes e ritmadas,
machucavam sem piedade
o meu frágil coração.
O sussurro das águas claras
escorrendo pela bica,
no silêncio me embalava.
E o murmúrio do vento,
cochichando aos meus ouvidos,
seus segredos, confessava.
A noite misteriosa,
escura e ameaçadora,
tinha um silêncio pesado.
Às vezes, um galo cantava
ou, ao longe, um cão latia
latido fraco e cansado.
Hoje só resta a saudade
dos “Dois Munjolos” querido
que eu detesto e adoro.
Quando volto a visitá-lo
tenho um sentimento estranho
não sei se rio, ou se choro.
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